Sobre a maneira de rezar.
São Cipriano de Cartago.
___________________________________________
São Cipriano de Cartago.
___________________________________________

1. Os preceitos evangélicos não são outra coisa, Irmãos Caríssimos, senão os ensinamentos divinos, fundamentos para edificar a esperança, provações para robustecer a fé, alimento para nutrir a alma, leme para dirigir a navegação, presídio para a salvação. Ao mesmo tempo que iluminam os crentes dóceis sobre a terra, guiam-nos até aos reinos celestes.
Deus quis que muitos ensinamentos nos fossem dados por meio dos Profetas, Seus Servos. Mas quão superiores são as palavras do Seu Filho, aquelas palavras que o Verbo de Deus, já ressonante nos Profetas, atesta com a Sua viva voz. Já não é alguém que vem aplanar os caminhos d'Aquele que há de vir, mas Aquele que veio e nos abre e mostra o caminho. Deste modo os que, antes, incautos e cegos cambaleavam nas trevas da morte, iluminados agora pela luz da graça, podem seguir na vida sob a guia e o governo de Cristo.
2. Entre outros conselhos salutares e ensinamentos divinos com os quais provê à salvação do Seu povo, Cristo deu também a norma da oração, e Ele mesmo nos mostrou e ensinou como devemos rezar. Aquele que nos deu a vida, ensinou-nos a pedir, com a mesma benevolência com que Se dignou dar-nos os outros bens. Assim rezando ao Pai com a oração do Filho, somos mais facilmente ouvidos.
Já antes tinha anunciado o dia em que os verdadeiros adoradores aprenderiam a adorar o Pai em espírito e em verdade (Jo. 4, 23), mas agora cumpre a promessa e faz de nós, santificados pelo espírito de verdade, verdadeiros e espirituais adoradores, conformes ao Seu ensinamento.
Que oração haverá mais espiritual do que aquela que nos ensinou Cristo, o qual enviou sobre nós o Espírito de Verdade? Que oração será mais verdadeira do que aquela que saiu dos lábios de Quem é a verdade?
Portanto, rezar de outra maneira diferente da que Cristo nos ensinou, não só é um ato de ignorância, mas uma culpa, pois Ele mesmo disse: “Vós rejeitastes o mandamento de Deus para acreditar na vossa doutrina” (Mc.7,8).
3. Seja a nossa oração a que o nosso Mestre nos ensinou. É cara e familiar a Deus a oração composta pelo Seu mesmo Filho. Assim, quando rezamos, o Pai reconhece as palavras do Filho.
Aquele que é hóspede do nosso coração esteja também nos nossos lábios. Se Cristo está junto do Pai como advogado para os nossos pecados, nós pecadores devemos rogar o perdão dos pecados com as mesmas palavras do Advogado. De fato, se Ele nos prometeu obter tudo o que pedirmos ao Pai em Seu Nome (Jo. 16, 23), quanto mais eficazmente obteremos o que pedimos em Nome de Cristo se o pedimos com a Sua mesma oração?
4. Os que rezam, tenham devoção à doçura das palavras. Pensemos estar na presença de Deus e por isso devemos ser aceites aos Seus olhos pela atitude do corpo e pela maneira como rezamos. Como é imprudente quem pede sem piedade, assim a oração convém que seja em tom respeitoso e submisso. O Senhor ensinou-nos a rezar no silêncio e nos lugares escondidos das nossas casas. Esta atitude é mais adequada à nossa fé para que saibamos e jamais olvidemos que Deus está em toda a parte, vê tudo e atende a todos, enche com a plenitude da Sua majestade os lugares mais recônditos.
Está escrito: “Não sou Eu o Deus do alto e o Deus que está a teu lado? Se o homem se esconde, deixo acaso de o ver? Não sou Eu que encho o céu e a terra?” (Jr. 23, 23-24). “Em todo o lugar os olhos de Deus observam os bons e os maus” (Pv. 15,3). E quando nos juntamos aos outros irmãos para celebrar com o Sacerdote o Sacrifício divino, devemos recordar-nos de ser devotos e disciplinados na oração e não espalhá-la ao vento numa seqüência de palavras, nem dirigi-Ia a Deus precipitadamente, mas sim com propósitos. Deus não escuta a voz, mas o coração. Deus, que perscruta os pensamentos humanos, não quer ser rogado com gritos. Diz assim o Mestre: “Que andais vós a ruminar nos vossos corações” (Lc. 5, 22) e ainda: “Todas as Igrejas saibam que Eu perscruto os rins e os corações” (Ap. 2, 23).
5. Já nos mostra isto o primeiro Livro dos Reis com o exemplo de Ana, figura da Igreja. Ana rezava ao Senhor não com palavras clamorosas mas na humildade e no silêncio com o seu coração. A sua oração era oculta, mas era manifesta a sua fé. Falava com o coração e não com a boca, porque só assim era ouvida por Deus. Por isso obteve o que pediu, porque rezou com fé, como atesta a Sagrada Escritura: “Falava no seu coração. Os seus lábios moviam-se, mas não se percebia a sua voz. E Deus escutou-a” (1 Re. 1, 13). O mesmo se lê nos Salmos (5, 5): “Pensai no silêncio dos vossos quartos”. Jeremias põe na boca de Deus estas palavras: “Encontrar-Me-eis se Me procurardes com todo o coração” (Jr. 24, 13).
6. Quando rezarmos não esqueçamos o publicano no templo, que não ousava levantar os olhos ao céu nem se atrevia a elevar as mãos, mas batia no peito em sinal de detestação dos seus pecados, e assim pedia a ajuda da misericórdia divina. Enquanto o fariseu se comprazia a si mesmo, o publicano, com a sua oração, mereceu ser santificado mais, visto que colocou a esperança da sua salvação não na sua inocência - pois ninguém é inocente - mas na humilde confissão dos seus pecados. E, Aquele que do Céu perdoa os humildes, ouviu a sua oração, como se lê na parábola evangélica que se segue: «Dois homens subiram ao templo para rezar; um era fariseu, o outro era publicano. O fariseu, de pé, rezava assim: “Eu Te dou graças, ó Deus, porque não sou como os outros homens, ladrões, injustos, adúlteros; nem tão pouco sou como aquele publicano. Eu jejuo duas vezes na semana e pago o dízimo de todos os meus bens”. O publicano, ao contrário, lá longe, nem se atrevia a erguer os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: “Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador”. Pois Eu vos digo que este voltou justificado para sua casa. Não aconteceu o mesmo com o outro, pois quem se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado» (Lc. 18, 10-14).
Também os Apóstolos, com todos os discípulos, rezavam assim depois da Ascensão do Senhor: «Perseveravam todos unanimemente na oração, com as mulheres e com Maria, Mãe de Jesus, e com os Seus irmãos» (At. 1, 14). Perseveravam concordemente na oração e assim demonstravam, com a assiduidade e unanimidade da sua oração, que Deus «faz habitar sob o mesmo teto todos os que estão de acordo» (Sl. 57, 7) e não admite à Sua divina e eterna habitação senão aqueles cuja oração é comum e unânime.
Martírio de são Cipriano
Por --
Fonte: Livro "Escola da Fé 1: Sagrada Tradição" pp. 68-70
O procônsul Galério Máximo: "Tu te apresentastes aos homens como papa do sacrílego intento?" Respondeu o bispo Cipriano: "Sim".
O procônsul Galério Máximo disse: "Os augustíssimos imperadores te ordenaram que te sujeites às cerimônias". Cipriano respondeu: "Não faço".
Galério Máximo disse: "Pensa bem!" O bispo Cipriano respondeu: "Cumpre o que te foi mandado; em causa tão justa, não há que discutir".
Galério Máximo deliberou com o seu conselho e, com muita dificuldade, pronunciou a sentença, com esta palavras: "Viveste por muito tempo nesta sacrílega idéia e agregaste muitos homens nesta ímpia conspiração. Tu te fizeste inimigo dos deuses romanos e das sacras religiões, e nem os piedosos e sagrados augustos príncipes Valeriano e Galieno, nem Valeriano, o nobilíssimo César, puderam te reconduzir à prática de seus ritos religiosos. Por esta razão, por seres acusado de autor e guia de crimes execráveis, tu te tornarás uma advertência para aqueles que agregaste a ti em teu crime: com teu sangue ficará salva a disciplina". Dito isto, leu a sentença: "Apraz que Tarcísio Cipriano seja degolado à espada". O bispo Cipriano respondeu: "Graças a Deus!"
Após a sentença, o grupo dos irmãos dizia: "Sejamos também nós degolados com ele". Por isto houve tumulto entre os irmãos e grande multidão o acompanhou. E assim Cipriano foi conduzido ao campo de Sexto. Ali tirou o manto e o capuz, dobrou os joelhos e prostrou-se em oração ao Senhor. Retirou depois a dalmática, entregando-a aos diáconos e ficou de alva de linho e aguardou o carrasco, a quem, quando chegou, mandou que os seus lhe dessem vinte e cinco moedas de ouro. Os irmãos estenderam diante de Cipriano pano de linho e toalha. O bem-aventurado quis vendar os olhos com as próprias mãos. Não conseguindo amarrar as pontas, o presbítero Juliano e o subdiácono Juliano o fizeram.
Desde modo morreu o bem-aventurado Cipriano. Seu corpo, por causa da curiosidade dos pagãos, foi colocado ali perto, de onde, à noite, foi retirado e, com círios e tochas, hinos e em grande triunfo, levado ao cemitério de Macróbio Candiano, administrador, existente na via Mapaliense, junto das piscinas. Poucos dias depois, morreu o procônsul Galério Máximo.
Mártir santíssimo Cipriano foi morto, no dia décimo oitavo das calendas de outubro, sob Valeriano e Galieno imperadores, reinando, porém, nosso Senhor Jesus Cristo, a quem a honra e a glória pelos séculos dos séculos. Amém.
«A Oração do Senhor»
São Cipriano de Cartago.
São Cipriano de Cartago.
________________________________________________
Quais são, caríssimos irmãos, os mistérios da oração do Senhor? Quantos e quão grandes são eles, condensados em palavras breves mas prenhes de força espiritual, que nada omitem e fazem dessa oração um compêndio da doutrina celeste?
Diz ele: "Assim deveis orar: Pai-nosso, que estás nos céus". O homem novo, renascido e restaurado para Deus, pela graça, diz, logo de início, Pai, porque já começou a ser filho. "Veio pata o que era seu e os seus não o receberam. A todos, porém, que o receberam, deu o poder de se tornarem filhos de Deus, a todos os que crêem em seu nome". [1]. Assim, aquele que crê em seu nome e se torna filho de Deus, há de começar imediatamente a dar graças e a confessar-se filho de Deus. E ao dirigir-se a Deus, chamando-o de Pai que está no céu, indica também, por suas primeiras palavras da vida nova, que renunciou ao pai terreno e carnal, que reconhece o Pai que principiou a ter no céu. Pois está escrito: "Quem diz a seu pai e a sua mãe, não os conheço, e a seus filhos, não sei quem sois, este guardou os teus preceitos e conservou o teu testamento" [2]. Também o Senhor ensinou que não devemos chamar a ninguém" pai", na terra, porque só existe para nós um Pai que está nos céus. E respondeu ao discípulo que fizera menção do pai falecido: "Deixa aos mortos que sepultem os seus mortos" [3]. Ele havia dito que o seu pai estava morto, contudo o Pai dos crentes vive.
Como é grande, portanto, a indulgência do Senhor! Ele nos envolve com a abundância de sua graça e bondade, a ponto de querer que o chamemos Pai, ao elevarmos a Deus nossa oração, de modo que assim como Cristo é Filho, nós também sejamos chamados filhos. Se o próprio Cristo não nos tivesse permitido orar dessa maneira, quem de nós ousaria pronunciar tal nome de Pai? Por isso devemos estar conscientes de que se damos a Deus tal apelativo precisamos agir como filhos seus, para que assim como nos alegramos com Deus Pai, também se alegre Ele conosco. Vivamos, portanto, como templos de Deus, para que se note que Ele habita em nós. Que nossa ação não seja indigna do Espírito, para que não nos aconteça ter começado a ser do céu e pensar e praticar o que não é celeste nem espiritual. Com efeito, o Senhor nos adverte: - "Eu glorificarei os que me glorificam e desprezarei os que me desprezam" [4]. Igualmente diz o bem-aventurado Apóstolo: "Não sois vossos. Fostes comprados por um grande preço. Glorificai a Deus trazendo-o em vosso corpo" [5].
Martirio do papa Fabiano
Por S. Cipriano (Séc. II)
Tradução: Carlos Martins Nabeto
__________________________________________________
Por S. Cipriano (Séc. II)
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Da Carta que São Cipriano enviou aos presbíteros e diáconos de Roma ao tomar conhecimento da morte do Papa Fabiano:
Martirio do papa Fabiano
Por S. Cipriano (Séc. II)
Tradução: Carlos Martins Nabeto
__________________________________________________
Por S. Cipriano (Séc. II)
Tradução: Carlos Martins Nabeto
__________________________________________________

Por isso, quero congratular-me convosco, por terdes honrado a sua memória com um testemunho tão esplêndido e tão ilustre. Destes-nos a conhecer a lembrança gloriosa que conservais de vosso pastor, que é para nós um exemplo de fé e fortaleza.
Realmente, assim como é um precedente pernicioso para os seguidores e queda que os preside, pelo contrário, é útil e salutar o testemunho de um bispo que dá aos irmãos o exemplo de firmeza na fé.
Mas, parece que, antes de receber esta carta, a Igreja de Roma dera à Igreja de Cartago testemunho da sua fidelidade na perseguição.
A Igreja permanece firme na fé, embora alguns tenham caído, seja porque impressionados com a repercussão suscitada por serem pessoas ilustres, seja porque vencidos pelo medo dos homens. Todavia, nós não os abandonamos, embora tenham se separado de nós. Antes, os encorajamos e aconselhamos a fazerem penitência, para que obtenham o perdão daquele que pode concedê-lo. Pois se perceberem que foram abandonados por nós, talvez se tronem piores.
Vede, portanto, irmãos, como deveis proceder também vós: se corrigirdes com exortações aqueles que caíram, e eles forem novamente presos, proclamarão a fé para reparar o erro anterior. Igualmente vos lembramos outros deveres que haveis de levar em conta: se aqueles que caíram nesta tentação começarem a tomar consciência de sua fraqueza, se se arrependerem do que fizeram e desejam voltar à comunhão da Igreja, devem ser ajudados. As viúvas e os indigentes que não podem valer-se a si mesmos, os encarcerados ou os que foram afastados para longe de suas casas, devem ter quem os ajude. Do mesmo modo, os catecúmenos que estão presos não devem se sentir desiludidos na sua esperança de ajuda.
Saúdam-vos os irmãos que estão presos, os presbíteros e toda a Igreja de Roma que, com a maior solicitude, vela sobre todos os que invocam o nome do Senhor. E também pedimos que vos lembreis de nós (Ep - 9,1,8, 2,2,3: CSEL 3,488-489,487-488) .
Unidade da Igreja Católica.
São Cipriano de Cartago.
___________________________________________________________
São Cipriano de Cartago.
___________________________________________________________
Sobre a obra
Por Carlos Martins Nabeto
Por Carlos Martins Nabeto

São Cipriano de Cartago nasceu entre 200 e 210 dC; converteu-se ao Cristianismo em 246, recebendo o batismo; elevado a bispo em 249, teve sua atividade pastoral interrompida em 250 em virtude da violenta perseguição desencadeada pelo imperador Décio. Presidiu 3 concílios regionais em Cartago, entre os anos 251 e 256. Foi decapitado a 14 de setembro de 258, durante a perseguição de Valeriano.
A obra “A Unidade da Igreja Católica” (De Ecclesiae Unitate), deve ter sido composta durante o concílio cartaginês de maio de 251. Nela, Cipriano impugna o cisma de Novaciano, em Roma, e, ao mesmo tempo, o de Felicíssimo, em Cartago. Acentua, incute e demonstra o dever de todo cristão de perseverar, para a salvação de sua alma, na Igreja Católica, isto é, em união com um legítimo bispo católico. Com a finalidade de combater o cisma de Novaciano, enviou logo sua obra a Roma.
Esta obra é de leitura obrigatória para todos os cismáticos e hereges de plantão, para que reconheçam a marca fundamental da verdadeira Igreja de Cristo, isto é, a Unidade, pois “todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto; e a casa dividida contra si mesma cairá” (Luc. 11,17).
__________________________________________________
Texto
Tradução: Carlos Martins Nabeto
I - VIGIAI: O INIMIGO VEM DISFARÇADO
1. “Vós sois o sal da terra” (Mt 5,3), diz o Senhor, e ainda nos recomenda que seijamos simples pela inocência e prudentes na simplicidade [Mt 10,16]. Nada pois é mais importante para nós, irmãos diletíssimos, quanto vigiar com todo o cuidado para descobrir logo e, ao mesmo tempo, compreender e evitar as ciladas do inimigo traiçoeiro. Sem isso, embora sejamos revestidos de Cristo [Rom 13,14; Gál 3,27], que é a Sabedoria de Deus Pai [1Cor 1,24], nos mostraríamos menos sábios na defesa da salvação.
2. De fato, não devemos temer só a perseguição e os vários ataques que se desencadeiam abertamente para arruinar e abater os servos de Deus. Quando o perigo é manifesto, a cautela é mais fácil. O nosso espírito está mais pronto para lutar contra um adversário abertamente declarado. É mais necessário ter medo e guardar-nos do inimigo que penetra às escondidas, e se vai insinuando oculta e tortuosamente com falsas imagens de paz. Bem lhe convém o nome de serpente! Essa foi sempre a sua astúcia, esse foi sempre o tenebroso e pérfido engano com que tenta seduzir o homem.
Inutilidade dos ídolos.
São Cipriano de Cartago.
______________________________________________________
São Cipriano de Cartago.
______________________________________________________
Cecílio Cipriano nasceu em Cartago, no fim do século II. Convertido à fé em 246, foi poucos anos mais tarde presbítero e tornado Bispo de Cartago e Primaz da África. Morreu em 258. Seus escritos têm cunho pastoral e deixou 65 escritos, muitas das quais traduzidas em varias línguas.
______________________________________________________
Inutilidade dos ídolos.
São Cipriano de Cartago.
Inutilidade dos ídolos.
São Cipriano de Cartago.
1. Estes que não são deuses, os quais as pessoas comuns adoram, são conhecidos por isto. Eles eram anteriormente reis, que por conta de suas memórias reais começaram a ser
adorados por seus povos, mesmo depois de mortos. Desde então templos foram erigidos em honra deles; desde então imagens foram esculpidas para conservar as expressões do falecido; e homens sacrificaram vítimas, e celebraram dias de festas, com a intenção de lhes dar honras. Então, para os que vieram depois, estes ritos tornaram-se sagrados, os quais, primeiramente, foram adotados como um conforto. E agora vamos ver se esta verdade é sensata em casos particulares.
2. Melicertes e Leucothea são precipitados no mar, e tornam-se divindades do mar. Os Castores morreram periodicamente, para que possam viver. Esculápio é atingido por um raio para que possa se transformar em um deus. Hércules, para que possa se transformar em um deus, é queimado nas chamas de Oeta. Apolo alimentou os rebanhos de Admeto; Netuno erigiu muralhas para Laomedon, e infelizmente não recebeu pagamento por seu trabalho. A caverna de Júpiter é para ser vista em Creta,

2. Melicertes e Leucothea são precipitados no mar, e tornam-se divindades do mar. Os Castores morreram periodicamente, para que possam viver. Esculápio é atingido por um raio para que possa se transformar em um deus. Hércules, para que possa se transformar em um deus, é queimado nas chamas de Oeta. Apolo alimentou os rebanhos de Admeto; Netuno erigiu muralhas para Laomedon, e infelizmente não recebeu pagamento por seu trabalho. A caverna de Júpiter é para ser vista em Creta,
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários serão avaliados para divulgação.